Maldição de Electra dá pista sobre morte do próprio pai em Família É Tudo

Electra (Juliana Paiva) aparentemente carrega uma maldição no nome em Família É Tudo. Pedro (Paulo Tiefenthaler) escolheu umas estrelas da constelação de Touro para batizar a filha. Ele não imaginava, porém, que a sua história se aproximaria mais de outra Electra da mitologia --a da tragédia, que viu o próprio pai ser assassinado.

A história foi contada e recontada por diversos dramaturgos da Grécia Antiga como Sófocles, Eurípedes e Ésquilo. Em linhas gerais, a princesa convence o irmão Orestes a matar a mãe, Clitemnestra --a quem acusa de conspirar contra o pai, o rei Agamemnon, junto do amante Egisto.

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A tragédia, curiosamente, guarda algumas semelhanças com a novela das sete da Globo. Assim como a Electra mais conhecida da mitologia grega, a personagem de Juliana Paiva também surta quando o pai é assassinado

Para piorar a situação, Nanda (Ana Carbatti) é atualmente uma das principais suspeitas de ter matado Paulo. Ela é a mãe biológica de Plutão (Isacque Lopes), mas acabou adotando a ex-presidiária ainda na infância.

Electra também foi citada por Carl Gustav Jung (1875-1961), discípulo de Sigmund Freud (1856-1929), para nomear a versão feminina do Complexo de Édipo. Muito resumidamente, seria uma das etapas do desenvolvimento psicossexual em que meninas se sentem atraídas pela figura paterna em detrimento da materna.

Meu nome também é Electra

Apesar da tragédia de Sófocles ser mais conhecida, a Electra do folhetim de Daniel Ortiz foi nomeada a partir de uma xará. Trata-se de uma das plêiades, as filhas de Atlas e Pleione, que foram transformadas em estrela pelo próprio Zeus --para livrá-las da perseguição do caçador Órion.

Esse conjunto astronômico é citado até em passagens bíblicas, em que é conhecido por Sete Irmãs ou Sete-Estrelo. Um dos trechos mais conhecidos é no Apocalipse, em que simbolizaria os sete anjos das sete igrejas.

Família É Tudo é escrita por Daniel Ortiz e dirigida por Fred Mayrink. O folhetim deve ser substituído por Mão Dupla (nome provisório), de Claudia Souto --a mesma autora de Pega Pega (2017) e Cara e Coragem (2022).  

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